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Título: A MÍDIA E A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PRECONCEITO LINGUÍSTICO Aluno: ALAN PEREIRA ALVES Orientador: MÁRCIA VALÉRIA SERÓDIO CARBONE Banca: Ano: 2011 Tipo: PIC Palavras-chave: mídia; preconceito linguístico; norma padrão Resumo: O preconceito lingüístico está cada vez mais arraigado em nossa sociedade. Podemos identificá-lo, por meio de uma análise mais detalhada, nos programas de televisão e de rádio, além de matérias humorísticas veiculadas em jornais e revistas, entre outros meios de comunicação, bem como na própria prática pedagógica do ensino da língua materna. Este último caso pode ser verificado muito claramente até em manuais didáticos de ensino da língua. Alguns dos programas humorísticos existentes atualmente nos canais das televisões brasileiras – sobretudo os destinados à chamada TV aberta – têm por finalidade, é claro, o entretenimento. Contudo, estes mesmos veículos valem-se da discriminação linguística como recurso para entreter o seu público, ávido – diga-se de passagem – por atrações desse nível. E como as televisões abertas parecem ter como único critério de base para o êxito (ou não) de seus programas, a audiência, não resta muita opção de divertimento à população que não tem condições financeiras (e sequer referencial cultural) para escolher o que quer ou não assistir, por meio de um critério mais intelectual. Naturalmente que tal população, desprovida muitas vezes desse senso crítico e cultural, é, de fato, vítima de todo um sistema de massificação para fins de manobras midiáticas e políticas... Em programas como Zorra Total, A Praça é Nossa, Toma Lá Da Cá, e em episódios de companhias de teatro como Os Melhores do Mundo e Terça Insana, há a presença de personagens, que provocam o riso ao se apresentarem como falantes da norma não-padrão, a qual, curiosa e paradoxalmente, se constitui no modo de comunicação da maioria dos falantes da língua portuguesa do Brasil. Vale lembrar também que tais personagens pertencem à camada social menos favorecida. Não bastasse a caricatura do “brasileiro ignorante”, tal personagem é, ainda, muitas vezes rotulado como o pobre, o homossexual, a loira burra, reforçando a idéia de que ser pobre, homossexual e mulher loira é um defeito. |