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Título: AVALIAÇÃO DOS RISCOS A QUE ESTÃO EXPOSTOS OS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE QUIMIOTERÁPICOS
Aluno: ELOISA DE PONTES
Orientador: CLAUDINEI APARECIDO DOS SANTOS
Banca: DANIELLA SOARES DOS SANTOS
Ano: 2009 Tipo: Monografia / TCC
Palavras-chave: Quimioterápicos, Riscos Químicos, Profissional de Enfermagem.
Resumo: Atualmente a quimioterapia é umas das formas de tratamento mais utilizadas no combate ao câncer, devido às suas propriedades terapêuticas e amplitude do tratamento. No entanto, essa modalidade de tratamento é realizada através de substâncias tóxicas ao organismo humano e que, em contato inadequado, pode oferecer diversos riscos químicos ao mesmo. O presente estudo avalia o conhecimento dos profissionais de enfermagem de um hospital do interior paulista, sobre os riscos aos quais estão expostos durante a manipulação destes fármacos e suas condições de biossegurança, como a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI). Foi feito um estudo exploratório quantitativo, realizado através de pesquisa de campo e desenvolvido em duas fases: a primeira, com a aplicação de um questionário de perguntas fechadas aos profissionais atuantes, no setor de oncologia da instituição; a segunda, através da observação das práticas de trabalho desses profissionais, realizada pelos pesquisadores durante o período de dez dias e registradas em instrumento tipo check-list. O método de análise dos dados se deu através de gráficos e tabelas. Dos profissionais que constituíram a amostra deste estudo, três são do sexo feminino e um do sexo masculino, dois auxiliares de enfermagem e dois enfermeiros. Três referem realizar exames periódicos a cada seis meses e um a cada ano. Sobre alterações nestes exames, dois relatam nunca terem apresentado e dois referem que sim. Em relação ao conhecimento dos profissionais, todos afirmam saber como os quimioterápicos podem ocasionar riscos às suas saúdes, porém, dentre as três formas de exposição, apenas um acredita que a ingestão é uma forma de contato, enquanto três referem à inalação e, somente em relação ao contato com a pele, é que todos acreditam estar expostos. Quanto às alterações fisiológicas, que podem ser causadas pelos quimioterápicos, os quatro profissionais referem nunca terem apresentado sinais e sintomas que se relacionem com aqueles evidenciados em nosso estudo. Quanto à utilização de EPIs, três dos trabalhadores relatam fazer uso de luvas de procedimento. Um usa avental de mangas curtas e outro, avental de frente fechada, com manga longa e punho. Três afirmam usar máscaras cirúrgicas e um refere usar esporadicamente máscara com proteção de carvão ativado. Assim, pode-se constatar, diante das respostas dos profissionais de enfermagem e das observações das práticas no setor, que há uma necessidade maior de conhecimento desses trabalhadores, não só em relação aos tipos de exposição às drogas utilizadas na quimioterapia, como também aos EPIs que devem ser usados, pois eles não se adequaram àqueles evidenciados em nossos estudos. No entanto, poucas pesquisas são encontradas nesta área, que oferece diversos riscos aos profissionais e evidencia a necessidade de novas pesquisas, comprovando tais riscos e melhorando a qualidade de vida destes trabalhadores.
