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Título: PRODUÇÃO DE PAPEL BIODEGRADÁVEL A PARTIR DO BAGAÇO DA CANA-DE-AÇÚCAR COM ADIÇÃO DE AMIDO, EXTRAÍDO DA CASCA DE BATATA
Aluno: RAFAEL WOLKE DOS SANTOS
Orientador: MARCELO SILVA FERREIRA
Banca: MARY LEIVA DE FARIA
Ano: 2021   Tipo: Monografia / TCC
Palavras-chave: Meio Ambiente; Papel Biodegradável; Bagaço de cana-de-açúcar
Resumo: Nos últimos anos houve um crescimento no desmatamento para a produção de papel, o que elevou os impactos ambientais relacionados principalmente à perda da biodiversidade, causada pela exaustão do solo, a contaminação dos recursos hídricos e também do alto consumo de água absorvida pelas árvores. Assim, a produção de materiais biodegradáveis tem sido uma ótima opção, já que possui um alto interesse econômico por parte acadêmica e comercial. Para a produção de papel se propôs um método alternativo com materiais de origem agrícola onde são os mais utilizados como matéria-prima para a fabricação de embalagens biodegradáveis, pois são de origens renováveis, de grande obtenção em termos de quantidade ao ano, e por serem mais baratos na maior parte das cidades do Brasil como o bagaço de cana-de-açúcar e a casca de batata. Deste modo, o objetivo do presente estudo foi produzir papel biodegradável a partir do bagaço da cana-de-açúcar, com adição de amido de batata, utilizando-se de procedimentos diferentes e avaliar qual resultou no papel de melhor qualidade. Realizou-se três tratamentos com o bagaço de cana de açúcar variando-se as concentrações de hidróxido de sódio e peróxido de hidrogênio, obtendo-se os constituintes sólidos (contendo principalmente celulose) e líquidos (principalmente lignina). O processo de branqueamento consiste na remoção da lignina contida no bagaço, que é um componente responsável pela sua coloração mais escura, e esse método é utilizado para que o mesmo se aproxime, em termos de coloração, aos papéis convencionais que se conhece e que são comercializados no mundo todo, como o papel sulfite. Além disso, essa remoção da lignina faz com que tenha um aumento de vida útil do papel, que é de extrema importância. Após a fabricação dos papéis, foram realizados testes de gramatura e umidade e com objetivo de realizar uma comparação, esses mesmos testes foram conduzidos para o papel sulfite convencional, sendo seus resultados adotados como referência para o presente trabalho. Com base nos resultados dos testes pode-se dizer que o papel mais resistente que foi produzido foi o que continha o amido como aditivo, visto apresentar menor umidade, maior gramatura e a coloração mais clara que os demais papéis produzidos, se aproximando com a cor do papel convencional. Fabricar papel a partir do bagaço da cana-de-açúcar é uma alternativa economicamente viável se comparado ao eucalipto, requerendo poucos processos de preparo de amostra como a separação das fibras, secagem e moagem. Além disso, a etapa de extração e branqueamento da celulose se torna mais simples e sustentável por poluir menos o meio ambiente, evitando o uso de grande quantidade de compostos químicos. As características do papel dependem do processo de extração e branqueamento do bagaço utilizado. Ademais, o papel produzido com amido proveniente da casca da batata se mostrou mais resistente, indicando que esse é um bom aditivo.
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